Cautério

Calo o teu olhar com meu silêncio.

Me dói! ganhar o pão com esse teatro!

Ser caboclo... pierrot enamorado;

À lei da escrava, a mulher loira, a índia amada...

Ébrio por sorrisos na avenida...

não reconheço: os valetes, cruz e espada.

Aos amigos, pari uma alegria

E ao amor... a dor de uma cruzada!

Ser poeta. Desatino ao relicário.

Divino só ao nome de batismo.

Confissão! Possesso a alguns amigos.

Ismael Alves
Enviado por Ismael Alves em 01/04/2009
Reeditado em 02/04/2009
Código do texto: T1516883
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