Chorando
Eu sou aquela que vem com o nascimento e a morte
Que traz a saudade, a lembrança e a esperança
Sou a que aparece do nada, mas sempre por uma razão
O rio escasso que se torna abundante de repente.
Eu sou aquela que o amor e o ódio não separam
Sou o alívio surgido do esforço ou daquele que foge
A morfina dos doentes da alma
O grito e sorriso dos calados
Apareço quando me esperam e quando não
Sou sincera quando o olhar me acompanha
Eu falo e faço calar sem dizer nada
Por fim sou uma lágrima, traduzindo o inexplicável.