O Tempo e a Tormenta

Tarde, onde cada ponteiro se encontra

O que será que dizem as estrelas?

Tudo tende a rasgar pela noite opaca

E desistir de lutar a cada perdão

Separado por uma imensidão de palavras

Sem pontuação para reger fim algum

Significados vazios por qualquer tentativa

Tudo feito está perdoado

Sonhando ao andar pelo azul marinho

Rezando para poder se afogar em solidão

Nascer-te-ia pela sinfonia nunca tocada

Onde do remo fez-se ninfa

Voltando a olhar o pêndulo

Deitado sobre cama de estrelas

Caído aos pedaços ao encontro

De algum motivo para outro amanhecer

Fechado pelo escuro a procura da margem

A deriva de uma maré sem nascente

Perdido ao contar quantas vezes se afogara

Em miserável esperança de poder se abrigar da tempestade

Marcos Ses
Enviado por Marcos Ses em 30/03/2009
Código do texto: T1514226