O Tempo e a Tormenta
Tarde, onde cada ponteiro se encontra
O que será que dizem as estrelas?
Tudo tende a rasgar pela noite opaca
E desistir de lutar a cada perdão
Separado por uma imensidão de palavras
Sem pontuação para reger fim algum
Significados vazios por qualquer tentativa
Tudo feito está perdoado
Sonhando ao andar pelo azul marinho
Rezando para poder se afogar em solidão
Nascer-te-ia pela sinfonia nunca tocada
Onde do remo fez-se ninfa
Voltando a olhar o pêndulo
Deitado sobre cama de estrelas
Caído aos pedaços ao encontro
De algum motivo para outro amanhecer
Fechado pelo escuro a procura da margem
A deriva de uma maré sem nascente
Perdido ao contar quantas vezes se afogara
Em miserável esperança de poder se abrigar da tempestade