Sopro II
Andei muito e por muito tempo
Andei feito andarilho sem rumo
O sol ardia e o corpo fedia
Veio chuva, molhou corpo e alma
Veio o vento e secou tudo com calma
Novamente veio o sol, aquele que ardia
Os pés pediam parada
A garganta, água gelada
A cabeça, travesseiro e cama arrumada
O destino era incerto
Faltava muito, não estava perto
Cada passo era como o de um inseto
Até que parei e sentei
Por um tempo orei
Por um tempo descansei
Parei para pensar onde queria chegar
O que ou quem queria encontrar
Onde eu iria parar?
Concluí que era somente andar
Fazer o tempo passar
E nada encontrar
E sim esquecer
Parar de “soprar”
28/03/2009 21:48h