AS MINHAS NOITES


AS MINHAS NOITES


QUANDO AS NOITES INVADEM
DE ESCURIDÃO O MEU QUARTO,
O MEDO ME APAVORA.
VEJO FANTASMAS DESFILANDO
NA PASSARELA DA MINHA IMAGINAÇÃO
E EU A VEJO COM UM SORRISO PÁLIDO
ENTRE ESPECTROS DISFORMES
ALUCINANDO AS MINHAS LEMBRANÇAS.
E NÃO CONSIGO RETORNAR
AOS MOMENTOS QUE ERAM NOSSOS
NESTE MESMO QUARTO
ILUMINADO PELA PRATA DO LUAR
QUE FURAVA A VIDRAÇA
DA JANELA E NOS BANHAVA
DE INTENSO PRAZER.
OS NOSSOS CORPOS, QUASE INDIVISÍVEIS,
JÁ SEM FORÇAS, DEIXAVAM-SE
DESPERTAR SOMENTE PELO SOL
DAS NOSSAS MANHÃS.
AS MINHAS NOITES, AGORA, ME ASSUSTAM!

Pablo Calvo
Enviado por Pablo Calvo em 23/03/2009
Código do texto: T1501685
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