Canto Submerso

O triste canto submerso

Da sereia desvairada,

Entre fados estrangulados

Sobre destroços de naus,

Atinge o âmago oculto...

A empáfia já ultrajada

Que sabe que têm em mãos

Todo o canto enegrecido,

Dissolve-se nas águas,

Caverna do desentendido...

Estivera na mesma praia...

Sofrera o mesmo castigo...

A tormenta do triste acaso,

Levara-o de volta à nau...

A sereia de escarlate

Engole seco o próprio grito...

E o triste canto submerso

Já em vermes apodrecido,

Mergulha cada vez mais fundo...

Mergulha cada vez mais fundo...

Isy Rasputine
Enviado por Isy Rasputine em 19/03/2009
Código do texto: T1494433
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