Caixa de Pandora

Vejo nas águas calmas

Afundar o último sonho

Um último suspiro

O derradeiro gesto

E tudo o mais

Que assisto entranhar-se

Na escura beleza do lago

Para viver no intransponível

Silêncio do que já foi esquecido

Um a um atiro

cega, surda,

Para os não sentir suplicar.

A libertação suprema.

Agora se vai o último,

Já ao entardecer

A este lago jamais voltarei

Para afogar amores

Do despedaçado mosaico

De sentimentos hoje calados

Restou-me apenas, en cores envelhecidas

A esperança...de uma manhã sem cinzas.

Tayy
Enviado por Tayy em 09/03/2009
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