SÓ O TEMPO...
SÓ O TEMPO...
Paulo Gondim
02/03/2009
O cansaço me ronda como algoz
Meu silêncio se impõe sobre mim
Sobre minha vontade
Que me faz mudo
E me vejo mais só
O claustro me faz meditar
Na frieza de minha solidão
Num ego vazio
Ausente de paixão
E o tempo passa lento
Na sua rotina sempre igual
Entre paredes foscas de meu quarto
Segue a vida no seu rito canibal
E avalio prós e contras
O que sobrou e o que ainda virá
O que se fez e o que se fará
Se é que tempo ainda haverá
E só o tempo, assim, indiferente
Como juiz, há de me julgar
Há de me pedir contas
Há de sentenciar
Se terei prêmio ou castigo
Somente o tempo dirá...