Do que se perdeu...
Onde está a minha lira?
Onde está a paixão?
Estou infinitamente sozinha
Nos dias de pó e exaustão.
Calaram-se as bocas oníricas
Fechou-se a rosa da estação
As folhas morta flutuam líricas
Neste colossal deserto, onde canta a solidão
Nem o amor da lua
Pelas criaturas abandonadas
Sopra sobre a ferida de carne nua
Ou ilumina a escuridão em que estou aprisionada
Por onde andam os cavaleiros?
E se por aqui passarem em seus córceis
Verão campos inteiros
E eu sob mil véis
A implorar perdão.