Cantando a vida
Manhã de chuva
Tarde de vento
Friagem na cara.
Andando ao relento
O corpo macilento
Do frio que não para.
Minha roupa molhada
Da chuva que não cessa
Os pássaros recolhem-se.
Nos ninhos da abobada
Pessoas com pressa
Em suas casas recolhem-se.
Na correnteza das águas,
Das águas da chuva
Meus passos ficam lento.
De corpo e alma
Caminhando na chuva
Ao lado do vento.
Seguindo o destino
Destino da vida
Olhando para o mundo.
Com relento fino
Pensando na vida
E no meu poço fundo.
Não tenho amor,
Casa, nem família
Tenho as calçadas.
Tenho as ruas, tenho humor
Pra voar em minha trilha
E ser feliz seja como for.