FLOR MURCHA

nada restou das lembranças

apenas estigmas marcantes

renegando alegrias

renúncia dos sonhos

apagados brilhos no olhar

oca indiferente distante

ausente e alheia de si mesma

barco de papel na correnteza

ao sabor e à deriva de sensos

incompreendida em sua solidão

sorrisos apagados conformados

letárgica nas reações

quis o fim dos suplícios

clamorees atendidos

lâmpada desligada

no vaso saudosa

flor murcha

por fim apagada