Interminável

Por quanto tempo viver a incerteza,

O dia em que os espinhos não poderão ferir,

Ou que no vermelho da rosa,

Haja sangue para se chorar.

Que suas raízes me arranquem anos,

E que me tempo seja levado no ar.

Num beijo que delicia-se no veneno,

E destrói meu passos para a esperança,

E cega-me nos caminhos para um sonho,

Um sopro se fecha em meu rosto.

Por onde eu seguir essa voz,

Encontrarei um vestígio da minha face.

Nas trilhas guiadas pela minha maldição,

Os espinhos serão minha única razão,

Ou o conforto de toda minha dor.

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 26/02/2009
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