Chama viva
No passo o mover da folha
Criatura de peso movia o vento
Nos pés rosas famintas de sol
Que na casa exerce desprezo
A noite vem a mão da criatura
O fado que a solidão demanda
Na cintura o forte arranca golpe
O murmúrio que move a nostalgia
A rachadura de uma cela escura
Um gato preto na sensação do tato
A flana se alastra no fio da vela
Esta em casa presa aos seus medos.