papel de escrever poemas, poetas
Quando do teu corpo
Ventura ardendo no peito, desadoro:
Contorço-me, em encanto, me apavoro...
Sei que necessito mais de ti que a mim mesmo!
Começo relutar percorrer confiante teus espaços estreitos
sacrifícios primordiais de criação são feitos
a modo de austero examinar um par um fundo
Sorites do discurso convergindo idéias
desembocando em palavras
mundo embarcar lançadas
de nos para ao areando mar
breve calmaria do constante desassossego
após tanto relutar estar neste regalo
que tudo parece mágico ao sentir um único destino
e se ainda fosse apenas sonho sem um sequer objetivo no
que
é
escrito
as palavras soariam va zias
e sumiriam
sem ao menos deixar
ou endereço
ou recado
ou aviso