Extravagante
Ser perdulário neste pensamento,
nesta viagem que transpõe distâncias
sucumbido a tanta saudade,
é a forma que a vida se forma,
deixando de lado causas,
caminhos, talvez atalhos que tive que pisar
para criar e ficar existindo... Sem razão,
sem coisas a questionar.
Ser extravagante
é saber conter em silêncio
toda a proximidade,
a imensa vontade,
o poder de ser e ter a vida
à solta, inteira liberdade de ação,
sem que as definições,
os rumos, possam afetar,
perturbar os transeuntes desta longa,
indiscreta e perturbada avenida.
Quero incúria no passeio,
nas calçadas já vazias,
no silêncio quebrado cinicamente,
furtivamente pelo passo inseguro,
que jogo nas pisadas
tortuosas, cansadas,
fracas de viver,
mortas pela inquietude.
Sim, sou perdulário quando exprimo,
tentando ditar cada verso,
cada pobre recital espúrio,
desta sensibilidade que cavo
no fundo deste peito atraiçoado
pelos meus próprios, também extravagantes
e incoerentes erros.
Ser perdulário neste pensamento,
nesta viagem que transpõe distâncias
sucumbido a tanta saudade,
é a forma que a vida se forma,
deixando de lado causas,
caminhos, talvez atalhos que tive que pisar
para criar e ficar existindo... Sem razão,
sem coisas a questionar.
Ser extravagante
é saber conter em silêncio
toda a proximidade,
a imensa vontade,
o poder de ser e ter a vida
à solta, inteira liberdade de ação,
sem que as definições,
os rumos, possam afetar,
perturbar os transeuntes desta longa,
indiscreta e perturbada avenida.
Quero incúria no passeio,
nas calçadas já vazias,
no silêncio quebrado cinicamente,
furtivamente pelo passo inseguro,
que jogo nas pisadas
tortuosas, cansadas,
fracas de viver,
mortas pela inquietude.
Sim, sou perdulário quando exprimo,
tentando ditar cada verso,
cada pobre recital espúrio,
desta sensibilidade que cavo
no fundo deste peito atraiçoado
pelos meus próprios, também extravagantes
e incoerentes erros.