Não me conheco mais
Nem o meu trabalho me consola mais
tenho uma ligeira pertubação em minha
memória, pertubação que me consome
a toda hora afirmando, perguntando
porque ainda continuo só?
porque ainda perambulo por essa vida?
tão obscura desde o dia que nasceu
desde o dia que saiu da terra tão amada
pela sua idolatria,perguntando a todo instante
porque nunca teve medo
da vida? sendo que a vida te reserva tantas sacanagens,
te reserva tantos desespero.
Nem o fato de está isolado de todos proporciona
uma tranquilidade, as vezes quero morrer
mas a morte não merece minha desgraça
não merece meu túmulo, porque pra ela será
um túmulo farto de ilusões, desejos, decepções,
e injurias por parte das pessoas que só zombaram
de mim.
Se hoje estou só é porque para cada pessoa,
para cada ser humano é reservado um destino
que cai como uma loteria. a felicidade cabe
aquele que obtém um destino fantástico.
Para os quais não conseguem esta fantástica
felicidade e não tem o destino ao lado
o que resta é uma vida inteira procurando
algo ou alguma coisa que ninguém sabe o que é.
A todo tempo me pergunto qual o sentido
da vida?qual o sentido de viver?
a todo tempo dando topadas nas pedras
do mundo querendo desvendar alguma cousa
algum mistério, mas no mundo que vivo
são tão poucos os mistérios, são tão poucas
as soluções, são tão poucas as saídas
só a uma única porta a de entrada, entrada
para um mundo de batalha, de luta, de suor
de sofrer, de imaginar, de sonhar, de sonhar.
Há! o mundo é tão grande, espaçoso ao ponto
de caber imensidões de pessoas e animais, mais
outras infinidades de concretos, metais, objetos
de todos os tamanhos e formas. É tão grande mas
não cabe um décimo de minha angustia, é tão
espaçoso mas não a ponto de acolher um sonho,
um desejo, uma vontade algo extraordinário meu.
vivo montando um quebra-cabeça dentro de minha
cabeça que ao mesmo tempo forma-se um labirinto
gigantesco em que perco-me a cada momento, a cada
instante, perco-me na baia em meio a tantos barcos
remando, as vezes ancoro-me e permaneço por
um curto tempo.
Minha vida vai e vem como as diversas borboletas
de cada jardim, sou um cravo distantes de tantas
rosas, sou um cometa que aparece em tempo
determinado, sou uma nota em cada musica, uma
musica em cada som, sou uma única agulha
no palheiro, sou um quebra-cabeça semi montado
faltando ainda corpo, coração e mente.