Entre linhas
Entre tantos devaneios
Sobra a incerteza
Fica o gosto do “se”
E a dor de estar ou ser
Entre os tantos caminhos
Fica a dúvida de não ter ido
Ou até de ter ficado
Mesmo que um impulso inconseqüente aposte na felicidade como um ponto de luz a ser seguido ainda que o mar seja bravio
Ao final, fico só
Pensando no que não sou
Ou no que não consegui
Fica o vazio, o aperto, a boca amarga e a inseparável solidão
O despertar de um sonho com marcas impagáveis
Em fim, fico EU.