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Uma rosa tremulando inquieta
Refletida no espelho de um riacho
Guarda consigo o arquivo
De um amor tresloucado
Que sufoca e não liberta
Que invade pensamentos
Que ultrapassa os limites
Que não admite disputa
Que não sabe ser sereno
Que dispensa qualquer proposta
Que se faz surdo e não escuta
Que acorrenta impune e esquivo
Que busca o tudo ou o nada
Que de ciúme agoniza delirando
Que tenta travar o destino
Que num holocausto morre sufocado
Que num lapso de razão
Que colore uma rosa virginal
Que marca as auguras de um coração
.Tremulando...
Tremulando...
Descobre o adeus fatal
Num misto de agonia e esperança
Bailando nas asas da utopia.
Norma Bárbara