Solitude a Soneto
Perpétuo como a dor, sentimento vazio
É sempre de um amor que queres consumir;
Não nega dizer te amo para quem partiu
Nem mesmo para tantos que poderá vir.
Se faz dessa virtude o melhor do silêncio
Nesta vida que ilude, vem ser tal quimera,
De palavras que saíram o valor da ausência
Como folhas ao caírem na vil primavera.
Lugar onde fez eco do amigo dúbio,
Apenas um espelho que vem da própria alma
Onde guarda reflexo em força do refúgio,
Parece ser imensa peça de saudade;
É preciso expedir com tempo toda calma
Há aquele que não vença o ser da soledade.