Angústia...

Que solidão é esta que chega

Batendo em minha porta, aguerrida?

Do outro lado, assustada, permaneço,

Quase frágil, segurando minha vida.

Salva-me, mundo, deste imenso eco

Que por tão forte, tranca-me por dentro

Fazendo dor que quando dói, alucina

Levando-me ao naufrágio, em lamento.

Onde se compra força, eu pergunto,

Posso pagar, tenho muitos réis!...

Mas lembro que a coragem me deteria

Por, sempre, fugir dos meus pés.

Pés amarrados em falsetes

Como grandes correntes de aço

Porque tudo que eu quis era pouco

E, do pouco, não sei o que faço.

Vai embora, solidão, desta porta

Deixe-me, ao menos, comigo

Prometo que secarei minhas lágrimas,

Prometo abafar o meu grito!

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 07/02/2009
Reeditado em 10/02/2009
Código do texto: T1427136
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