Angústia...
Que solidão é esta que chega
Batendo em minha porta, aguerrida?
Do outro lado, assustada, permaneço,
Quase frágil, segurando minha vida.
Salva-me, mundo, deste imenso eco
Que por tão forte, tranca-me por dentro
Fazendo dor que quando dói, alucina
Levando-me ao naufrágio, em lamento.
Onde se compra força, eu pergunto,
Posso pagar, tenho muitos réis!...
Mas lembro que a coragem me deteria
Por, sempre, fugir dos meus pés.
Pés amarrados em falsetes
Como grandes correntes de aço
Porque tudo que eu quis era pouco
E, do pouco, não sei o que faço.
Vai embora, solidão, desta porta
Deixe-me, ao menos, comigo
Prometo que secarei minhas lágrimas,
Prometo abafar o meu grito!