PROSCRITO
Caminhante de ermos caminhos,
Na bagagem desprezo e tristeza;
Os pés feridos de espinhos,
Na alma desilusão e incerteza.
O cerca um mundo mesquinho...
A maldade com destreza,
O embosca pelo caminho;
Seu sangue se faz correnteza.
Exangue se esvai sozinho...
Um paira da natureza;
Seu corpo tomba no ninho,
De serpentes de fria vileza.
Termina alí seu caminho?
A Deus entrega a alma gelada...
Mas, surpreso se vê sorrindo ,
Não tivera nenhuma picada?!
As serpentes fugiram do ninho!
Que se tornou sua morada;
Eremita selou seu destino,
Terminou sua jornada.
AVILTADO PELOS HOMENS ,
DESPREZADO POR SERPENTES.