PROSCRITO

Caminhante de ermos caminhos,

Na bagagem desprezo e tristeza;

Os pés feridos de espinhos,

Na alma desilusão e incerteza.

O cerca um mundo mesquinho...

A maldade com destreza,

O embosca pelo caminho;

Seu sangue se faz correnteza.

Exangue se esvai sozinho...

Um paira da natureza;

Seu corpo tomba no ninho,

De serpentes de fria vileza.

Termina alí seu caminho?

A Deus entrega a alma gelada...

Mas, surpreso se vê sorrindo ,

Não tivera nenhuma picada?!

As serpentes fugiram do ninho!

Que se tornou sua morada;

Eremita selou seu destino,

Terminou sua jornada.

AVILTADO PELOS HOMENS ,

DESPREZADO POR SERPENTES.

POETADADOR
Enviado por POETADADOR em 03/02/2009
Reeditado em 05/02/2009
Código do texto: T1419422