Solitário Coração
Solitário Coração
Entre brumas o coração solitário agoniza
Banhado pelo orvalho que se desprende da flor
Açoitado pelo vento que uiva e ironiza
E geme em lúgubres lamentos de dor...
Como rosas que se abrem indolentes
Abriu-se para a vida em cânticos de amor
Como uma fonte de luz flamejante
Fez-se fruto da paixão intensa, sem pudor
Sorvendo em longos haustos a esperança
Prendeu-se nas teias de enganosa ilusão
O passado cruel retrata a falsa bonança
Da história...
Onde só amou um coração.
Norma Bárbara