Desafio
DESAFIO
Empreendendo jornada laboriosa
Rumo ao porvir que se descortina
Alço vôo vencendo a distância
Desafiando a covardia e a morte
Onde um emaranhado de farpas ferinas
Ousam tolher o pensamento
Esvaindo-se em lanças.
No momento em que o passado agoniza
Para o presente emergir altaneiro.
Sem colidir com os pesadelos insanos
Que formam invisível couraça
A lucidez como terremoto destruidor
Dribla os fracassos que compõem os anos.
E assim os sentimentos dispersos
Numa súbita mudança emitem o som
De uma forte voz interior
Que nasce no âmago liberto
Formando versos rudes
Sem destacar o personagem
Que nas sombras da vida ilude...
Sempre errante, sempre audaz...
Desconhecendo-se
como simples mortal perdedor..
Caminhando solitário, cabisbaixo
Buscando refazer a história
De um amor que não existe mais.
Norma Bárbara