GRITO

Das notas obscuras ouvidas!

Dos versos de rimas ricas, e sem rimas.

Dos luares...

Das estrelas reluzentes que sempre me sorriem, sem dentes.

Do sopro daquela noite que traz ventos.

Das palavras não ditas e quase ordenadas.

Do silencio tão mudo e criativo...

Gritou-se um grito.

Grito que não curou.

Grito que não secou.

Grito que não falou.

Grito que calou e nem fez passar a dor.

O instante foi frio e durador, de minutos tornados em horas.

De horas que o tempo não transformou.

Só se fez em tempo...

Cristina Gonçalves
Enviado por Cristina Gonçalves em 18/01/2009
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