sementes
Por te adorarem tanto,
trai teus amores para sempre
derramando prantos
espalhando solidões;
Por não ser de um só
E pelas noites ainda;
achardes que és feliz;
bebendo a bebida
sorrindo por fora
por dentro ferida;
por ter sido amada
e por ser tão vulgar,
não foistes amante;
talvez seja breve o prazer;
talvez já estejas colhendo,
o fruto amargo
das tuas sementes;
por te amei demais
e esqueci de mim.
e tantas outras até
mais belas e mais sinceras;
e não menos fulgazes por isso.
apenas fiz sofrer.
Porque outros lhe quizeram
e quizestes partir.
Por tanto te querer
talvez tenha errado;
querendo a qualquer custo,
esse amor,
com outros até misturados;
besteiras minhas agora.
Tornaste quando passa a juventude,
uma aventura mal vivida.
andando pelos lugares
de preto sempre.
vampiros contemporâneos;
de noite em noite e pelos bares;
feito esses versos,
prazeres monótonos.
De longe, hoje consigo ver,
perdidos tantos outonos;
destruídos, mundos; eternos enganos.
apenas por tequerer demais.
03/06/04
Edmilson cunha