Pra que te quero?
Pra que te quero?
Ilusão...
Pra que te quero?
És carrasco implacável
Tormento de min’alma
Cortejando-me infatigável
No mundo da imaginação...
Saudade...
Pra que te quero?
És distúrbio inconveniente
Herança funesta
Espelhando o Olimpo imponente
Num caótico oásis de amargura...
Solidão...
Pra que te quero?
És verbo que açoita impiedosa
Tumultuada seresta
Prisão de corrente suntuosa
Num mar encapelado de desencanto...
Ilusão... saudade... solidão...
Pra que vos quero?
Sóis nódoa de fragilidade
Fazem-me diminuta sombra inconsciente
Pois saio de mim e sonho sem piedade
Com o amor do passado que não virou presente
Norma Bárbara