Pra que te quero?

Pra que te quero?

Ilusão...

Pra que te quero?

És carrasco implacável

Tormento de min’alma

Cortejando-me infatigável

No mundo da imaginação...

Saudade...

Pra que te quero?

És distúrbio inconveniente

Herança funesta

Espelhando o Olimpo imponente

Num caótico oásis de amargura...

Solidão...

Pra que te quero?

És verbo que açoita impiedosa

Tumultuada seresta

Prisão de corrente suntuosa

Num mar encapelado de desencanto...

Ilusão... saudade... solidão...

Pra que vos quero?

Sóis nódoa de fragilidade

Fazem-me diminuta sombra inconsciente

Pois saio de mim e sonho sem piedade

Com o amor do passado que não virou presente

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 12/01/2009
Código do texto: T1381008
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