Mar Alto de Solidão
Mar de Solidão
A madrugada desponta e eu aqui sem você
Ensina-me em que porto atracar minha nau
Já tão cansada das lambadas em alto mar
Das tempestades em pélago agitado apanhou
Sem ancoras, sem remo vaga ao sabor das marés
Aprisionada em meio a águas revoltas perigosas
Sem bóias nem coletes me agarro ao leme
Não há bússolas ou mapas meu destino, desconheço.
São ondas que vem e que vão a me conduzir
Terra firme! Por favor, em seus braços, grito em vão
Lágrimas se confundem com as gotas do oceano
Meu chão me submerge, meu céu me afoga
Ensina- me o rumo a tomar, seja meu farol
Lance cordas, atraca-te a mim e me ajuda aportar
Venha ao tombadilho e resgata-me seja meu pirata
Choro porque temo amanhecer mais uma vez sem você.
Flor de Laranjeira
6 de janeiro 02:44