As Tantas Que Me Olham
Se para as tantas que me olham
Eu pudesse ceder meus sonhos
Não teria tempo pra pensar
No silêncio da minha solidão
Nem observar o fulgor
Na pompa do astro-rei
Se as tantas que me olham
Eu amparasse
Com a força dos meus braços
Com certeza romperia os laços
Da força oculta da fé
Apagaria o indício
De ser um ser renitente
Transformando a minha imagem
Em uma languidez torrente
Se pelas tantas que me olham
Eu liberasse minha emoção
E me perdesse no auge do torpor
Fraquejado estaria eu
Perdido e tomado em dor
E sugada seria a essência
Que permeia a consistência
Do meu inviolável amor.