QUANDO A DOR EMUDECE...
Como a mudança ortográfica
Meu interior precisa se reciclar
Existe uma lacuna geográfica
No peito fez-se um deserto lá...
Feito uma ostra isolada, fechada
Tranquei-me do mundo externo
A boca se entristeceu, está calada
Silenciou ocultando o meu verso...
Que dure, quem sabe, uma noite
Ou mais o coração vai me dizer
Não me puna com palavra açoite
Por Deus, não desejo sofrer...
Por ora ficarei em total reclusão
Preciso de um tempo só em mim
Sentir a dor insensível da solidão
Na esperança que ela tenha fim...