árvore de vidro

encontro doçura

em teus cabelos longos

fios de temporal

produzindo ondas

em meu copo de vinho

ausente de realidade

esfriado pelo tédio

em teu quadro gélido

que habita na noite fria de uma brisa triste

o tempo que nos olhos se esconde

quantos dias durante horas

desolado de sonhos

dispersos como folhas e galhos

de sombras longínquas

expostas ao beijo do vento

desvalecido no vazio

de tua severa presença

apareci-me diversas vezes

sob imagens de vidros

que os poços profundos

dessa água gélida

no corte preciso

me fez um anjo da ilusão.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 03/01/2009
Reeditado em 22/03/2011
Código do texto: T1364730
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