árvore de vidro
encontro doçura
em teus cabelos longos
fios de temporal
produzindo ondas
em meu copo de vinho
ausente de realidade
esfriado pelo tédio
em teu quadro gélido
que habita na noite fria de uma brisa triste
o tempo que nos olhos se esconde
quantos dias durante horas
desolado de sonhos
dispersos como folhas e galhos
de sombras longínquas
expostas ao beijo do vento
desvalecido no vazio
de tua severa presença
apareci-me diversas vezes
sob imagens de vidros
que os poços profundos
dessa água gélida
no corte preciso
me fez um anjo da ilusão.