Amor Imortal
AMOR IMORTAL
Imortalizando a pureza dos versos
Pincelando n’alma a melancolia
O suave som de uma flauta doce
Direciona os pensamentos dispersos
Para o enigmático mundo em pauta
Onde a existência veleja
Num olhar que nada vê
Num escutar sem ouvir
Num perceber sem sentir
Numa vida sem viver...
Numa sonoridade que ao vento encanta
As notas forjam uma poética canção
Buscando, quem sabe, reviver a emoção
Que aprisionada no íntimo
Compraz-se na solidão...
Exalando suspiro profundo
Povoado de tesouros perdidos
Encontra num espelho antigo
O carnaval de fantasias
Ultrajados pelos desencantos sofridos
Sem motivos para sair
Do porão cravado no peito...
Disfarçando o elixir do castigo
O orgulho apaga os resquícios
Num enigmático recital
Onde os sons da flauta doce
Enaltece e revigora
O sonho eterno de um amor imortal.
Norma Bárbara