O baile da doce ilusão
Ao olhar as estrelas, ocorre o despertar
de uma indagação fria. Será os seus brilhos
lágrimas de tristeza, ou será um belo calor de alegria?
Estrelas! belas, com brilho e cor, que na companhia
da lua cheia inspiram os amores daqueles amantes
que bailam ao som da paixão. E tão vulneráveis, pensam
estarem livres da dor.
Estrelas! que junto com a lua cheia, convidam outros astros
como meteoros e cometas, a bailarem junto aos amantes,
envoltos na harmonia da canção, mesmo na doce ilusão,
o baile da paixão.
Estrelas, que tanto inspiram, e são a alegria dos viajantes
perdidos, que através de seus brilhos, os mostram a direção,
antes de aparecer o raiar do dia.
Oh estrelas! que inspiram os amantes! Que mostram o verdadeiro caminho aos viajantes. E quando o astro maior se impor sob o céu e as estrelas desaparecerem? O que será dos amantes? O que serão dos viajantes?
Ficaram errantes? Tal qual o apaixonado envolto em dor, que vagando
ao léu lamenta a perda do seu grande amor?
Vicente Mércio