Diabo de Mim
O cheiro de incenso no ar purifica a alma de um pecador,
A fragrância não o exime de seus vícios, nem tira a sua dor,
A maldade de seus erros por hora é esquecida,
Sua sede por orgias são traduzidas,
Como o caos de um culposo deslize contra seus princípios,
Preceitos sobre a existência descritos como ridículos,
Uma falta de senso sobre a perversão de viver perigosamente,
Imaculado o homem que vive ingenuamente,
Que não é atraído pelas tentações do prazer carnal,
Distancia-se de uma corrupção banal,
Diabo de mim que sou dependente de um frenesi insensato,
Psicótico e obsessivo, um desequilibrado lunático,
Delirando sobre um autoflagelo,
Que me liberte de meu elo,
Da parte que me liga com Deus,
Desprendo-me de qualquer vinculo, com o pai e com os filhos seus,
Também peço dispensa de um possível pacto com o coisa-ruim,
Prefiro continuar só, estou bem assim,
A verdade é que não quero ser julgado,
Meus atos não devem padecer entre o certo e o errado,
Diabo de mim que sou um libertino luxurioso,
Saboreio o pecado com um ar libidinoso,
Obra do livre arbítrio concebido pelo senhor,
Essa é minha defesa contra o julgador.