Angustia
Quando voltarás a me tocar com carinho, quando me farás viver.
Como viver sem teus abraços como sem teus braços querer.
Nada tenho nada quero apenas novamente te ver.
Nem por isso desespero acha que quero morrer?
Só se for nos teus abraços, no teu jeito de me ter.
Só se for nos embaraços que me fizeste cometer.
Só se for para ser seu caso seu amor seu bem querer.
Volto a perguntar quando me farás viver.
Neste mundo tão imenso tão vazio sem você.
Neste canto eu lamento o meu dia de nascer.
Porque tenho um só tormento a tal falta de você.
Maldito o dia que perdi a razão do meu viver.
Sei que tudo vai passar, o tempo há de resolver.
Mas quanto tempo vai levar, para me fazer esquecer.
Que uma vez eu fui feliz, e não soube reconhecer.
Que uma enorme cicatriz, ficou dentro do meu ser.
Uma ferida tão imensa, que chegou a minha alma.
Uma dor tão truculenta, que remédio nenhum acalma.
Uma falta de experiência um momento de fraqueza.
Uma falta de decência, covardia com certeza.
A pouca idade me condena a sofrer pelos meus erros.
Como achar outra Milena, para atender aos meus apelos.
Que seu falar provoque o silenciar de todos.
Que seu silencio faça o mundo sonhar.
Assim era a minha linda, pequena, mas sem igual.
Foi-se sem deixar pistas, deixando-me este mal.
Levou o que era bom, o amor, a paixão o querer.
Volto a perguntar quando me farás viver.
O Arauto