Metamorfose que lhe resta
Se não age como humano
Passará a viver como um animal:
No lodo, na lama, no chão e no lixo.
Desfaça-se da tua atual postura,
Curva-te sobre tuas patas traseiras,
Respire, animal, pelo teu focinho úmido!
Ouça pelas orelhas peludas tudo que lhe digo.
Esqueças, ignóbil besta humana,
Tudo que viveu em tempos idos.
Acostume-se à carniça dada como alimento.
E quando de longe observar teu findo amor,
Com teus pequenos olhos que enxergam no breu,
Lembra-te de quando era animal em corpo humano.
E agora pena como humano em corpo animal.