Solidão

Diante da pequenez da mente percebe-se a imensidão do mundo. O ser isola-se quando tudo se perde e prende o inimaginável na solidão. A solidão destrói a vida aos poucos. Às vezes, entregar-se ao sofrimento aproxima o corpo da fraqueza, como uma sombra. A tristeza desfalece as forças em meio aos problemas e insiste em determinar o ciclo vital. Desavindas exteriores acabam sendo fundamentais para a sobrevivência, porém, sozinho é impossível controlar o que nunca teve controle. Preocupações atormentam todos em volta, menos quem deveria estar apreensivo. Não há explicação para continuar acreditando que tudo vai passar. Talvez seja a vontade inconsciente de não se entregar, talvez o medo sombrio de perder-se.

O abatido se apresenta como um edifício mal construído, preste a cair. A reforma diminui o problema, entretanto não consegue esconder o que há de errado. O pior é desconhecer a causa de tanto sofrimento. Ninguém consegue reverter o desanimo com palavras. A consciência acaba trazendo a tona tudo que acontece ao redor. É notório o temor da queda nos olhos de quem deseja passar confiança. A lágrima derramada sozinho não disfarça a dor. A verdade se torna aparente independente do buraco em que se encontra.

Queda ou reconstrução? Verdades ou mentiras? Suspeitas, medos ou temor! O inesperado atormenta quem vê e derruba o desavisado. Aparentemente, os motivos parecem insertos. A inobservância deixou de existir e os cuidados começam a ter importância. O papel fundamental da vida modifica-se diante do desfecho. O importante é saber que tudo passa.