ECO VAGO
ECO VAGO
Paulo Gondim
14/12/2008
Algo fica no ar como inacabado
Numa sensação de vazio na alma
Como se fosse uma fuga incontida
Ou uma vontade incompreendida
Num instante, tudo parece longe
Como se pisasse em falso
Como se vivesse sob espreita
Encurralado numa rua estreita
E como escapar dessa angústia?
Impossível pelo domínio da saudade
Com a tristeza assim tão perto
Num lamentar tão rude e certo
São horas de profundo pesar
Um olhar perdido, um grito surdo
Um eco vago, que não responde
Ao chamado da alma que se esconde