Olhos de mentira

Os olhos daquela mulher chamam-me,

não porque me queira,

mas por simples possessão

no teu gotejar de lágrimas,

na sofreguidão de não amar.

Dissimulada,

morna,

olhos de mentira.

E a tua boca calasse

a as palavras chama-me aqui de dentro

afogam-se ao coração,

chama-me aqui de dentro,

calam-se aqui de fora.

Tudo é infinito no momento da solidão

a dor,

a raiva,

a pressa,

a espera

e até mesmo o amor

quando não mais o tem

em si mesmo.

Etienne Estrêla
Enviado por Etienne Estrêla em 11/12/2008
Código do texto: T1329381
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