A Derradeira
Nem conto as vezes que deu vontade de te machucar
De te insultar, te humilhar, de te fazer chorar até soluçar
Por muitas vezes deu vontade de fazer tudo errado
Tudo marcado, tudo premeditado, apenas fazer o esperado
Foram muitos os dias que te presenteei
Com a humildade de um amor mergulhado em águas
Com a saudade e os meus olhos rasos d’água
Com a força que fiz para não chorar
Mas, um dia vi que foi tudo em vão
Olhe aí seus cabelos e sua nova paixão
Conte os restos dos vasos caídos no chão
Só me restaram as lágrimas, os cacos e a solidão