Aroma de café

Hoje, quando eu vinha pela rua, o aroma

do café me fez lembrar

A morte do leiteiro, de Drummond.

No caminho, um menino – e

não era uma pedra no meio

do caminho – me perguntou

as horas. (eu não uso relógio).

Novamente, Drummond – Dasdores,

personagem do conto Presépio,

no seu conflito interior,

dividida entre suas tarefas

e o desejo de ir à Missa

do Galo, encontrar o namorado.

E eu pergunto:

E o tempo?

Para quê serve o relógio

que consome nas

horas as emoções humanas?

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 09/12/2008
Código do texto: T1326492
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