VEM!
Sou eu, escravo da minha ignorância
Sou eu, pretexto ridículo da minha inconstância
Sou eu, a inobservância fria e cruel
Um palatino injusto agindo em ardil.
Pra me encarceirar na masmorra solidão
Fracasso germinal da minha própria criação
Sou eu a púrpura e instigante incorreção
De por um sonho sempre a escorrer em minha mão
Qual o caminho
que me leva à redenção?
Que mais posso fazer
Senão pedir-te perdão?
Que ossos maltratados
Abrigam meu coração?
Que em meio a olhares bravios
E gestos tortos, doentios
Fazem de mim um ser
séptico
antiético
anti-semântico
analfabeto de você.
Onde começa meu parto?
Por que ainda não vejo a luz?
Fico sozinho nesse quarto
Sorvendo a fumaça que me conduz
Vem! Me resgata desse intempério
Que eu mesmo fiz a nos maltratar
Arranca essa dor que nos tira do sério
Me tira do vácuo, me faz respirar
Sou eu, a tibiez assumida, auto-adquirida
És tu, mulher forte, meu sangue, meu norte.
Vem! Me resgata de dentro da tua ausência
Esquece meus erros, meus acertos, minha incongruência.
Mas vem !...
Sou eu, escravo da minha ignorância
Sou eu, pretexto ridículo da minha inconstância
Sou eu, a inobservância fria e cruel
Um palatino injusto agindo em ardil.
Pra me encarceirar na masmorra solidão
Fracasso germinal da minha própria criação
Sou eu a púrpura e instigante incorreção
De por um sonho sempre a escorrer em minha mão
Qual o caminho
que me leva à redenção?
Que mais posso fazer
Senão pedir-te perdão?
Que ossos maltratados
Abrigam meu coração?
Que em meio a olhares bravios
E gestos tortos, doentios
Fazem de mim um ser
séptico
antiético
anti-semântico
analfabeto de você.
Onde começa meu parto?
Por que ainda não vejo a luz?
Fico sozinho nesse quarto
Sorvendo a fumaça que me conduz
Vem! Me resgata desse intempério
Que eu mesmo fiz a nos maltratar
Arranca essa dor que nos tira do sério
Me tira do vácuo, me faz respirar
Sou eu, a tibiez assumida, auto-adquirida
És tu, mulher forte, meu sangue, meu norte.
Vem! Me resgata de dentro da tua ausência
Esquece meus erros, meus acertos, minha incongruência.
Mas vem !...