SEM ASAS PARA VOAR

Ainda é madrugada, ouço barulho de asas,
é nas árvores, pouco além das casas
seria um pássaro já despertando?
Mas ainda e cedo, para começar a folia
está distante o começo do dia,
embora desde já, estou esperando.

Como essa ave que está se batendo,
aqui em minha cama fico mexendo,
talvez, como o passarinho, não pude adormecer.
Pra nos dois a noite está demorando pra passar,
bem diferente dele, não tenho asas para voar,
fico aqui esperando até o dia amanhecer.

Se soubesse que também não consegue dormir
teria o convidado para junto de mim se unir,
te falaria sobre meu sono, sobre minha fantasia.
Nossa espera seria bem menos demorada,
chegaria mais depressa o fim da madrugada,
mas aí, não estaria escrita, essa poesia.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 03/12/2008
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