Um motivo qualquer

Estradas desertas e distantes, agora tão perto de mim.

Próxima é a hora que chega, o minuto que nunca termina.

Espera - descontentamento daquilo que parece não ter fim.

Longe é o lugar que não existe, onde vive aquela menina...

tanto amor aqui guardado e eu sem ter como enviá-lo.

Os versos que nunca escrevo, esperando a composição.

A saudade incontida, e o silêncio naquilo que falo

ecoa no imenso vazio da mais profunda solidão.

Quantas vezes estarei perdido nas pautas do desamor?

Quantas vezes empalidecido por tanta ausência de cor?

Foram-se para sempre as certezas do que antes eu sabia...

ou sou eu que não mais encontro motivo na poesia?

DAN ASSUMPÇÃO
Enviado por DAN ASSUMPÇÃO em 27/11/2008
Reeditado em 03/08/2013
Código do texto: T1306190
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