Rua 12
As folhas eram protagonistas
A mercê do vento carente
Soprando o seco e delicado lençol.
A rua o arbítrio de duas pontas
Um lado temor
O caos do outro.
Na Rua 12 encontra-se um labirinto de duas pontas
Assim a função colapso do pranto
Rupturas da seca ao chão vermelho
Berço de gravura esplendida
Seu aroma pontas de facas
Seu corpo arde ego
E aniquila sonho em plena calma.
Além de buracos
Ou metros e comprimentos,
Vagando pelo vicio da solidão
Perdeu a borboleta e a meiga flor
Extintas da varanda dia após dia
Quando a única folha o vento acorrentou
E retalha pelos recantos do ar
O luto silêncio,
Pastorado diariamente na varanda do poeta
Vencido pelas imagens apocalipse
Vingado pelo tempo.