Rua 12

As folhas eram protagonistas

A mercê do vento carente

Soprando o seco e delicado lençol.

A rua o arbítrio de duas pontas

Um lado temor

O caos do outro.

Na Rua 12 encontra-se um labirinto de duas pontas

Assim a função colapso do pranto

Rupturas da seca ao chão vermelho

Berço de gravura esplendida

Seu aroma pontas de facas

Seu corpo arde ego

E aniquila sonho em plena calma.

Além de buracos

Ou metros e comprimentos,

Vagando pelo vicio da solidão

Perdeu a borboleta e a meiga flor

Extintas da varanda dia após dia

Quando a única folha o vento acorrentou

E retalha pelos recantos do ar

O luto silêncio,

Pastorado diariamente na varanda do poeta

Vencido pelas imagens apocalipse

Vingado pelo tempo.

Sidcley Barbalho Junior
Enviado por Sidcley Barbalho Junior em 08/11/2008
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