Solidão
Na longa madrugada sem estrelas,
incômodo cricrilar, coaxos, ladridos...
Ventos incessantes, frios e úmidos do leste
No horizonte a imagem recortada da capela
Uivos vindos do capão, estranhos frêmitos
de mochos (presságios?), balouçar de ciprestes.
N’um repente o silêncio na densa escuridão
Apenas o murmúrio de águas no tênue riacho
Sombras cinzas e sombrias sobre o casario
Sob a luz de frágeis velas o triste ancião,
face crispada, corpo arqueado...cansaço.
Ressentido com a mocidade que partiu.