ACALENTANDO O PRANTO
Um dia a mais de uma vida,
De noites tão indormidas,
De quem passou pela vida
E quase sempre esquecida.
Como mulher, esquecida,
Mulher que foi sempre só,
Como a que desiludida,
De si mesma, só tem dó.
Mulher que viveu de sonhos,
Que sempre tão sozinha,
Cantou os seus desenganos
Desde muito pequenina.
Assim se vai mais um ano
De tristeza e solidão,
E de tantos desenganos
Que lhes guarda o coração.
É apenas mais um dia,
Um dia como outros tantos
Na vida de outra Maria
Que leva a vida de sonhos.
Um tempo que não espera
Pelo tempo que ficou,
Em algumas das esferas
Da vida que não andou.
Da vida de tantos sonhos
Perdidos pelos caminhos,
Empoeirados, tristonhos
Dos que viveram sozinhos.
É assim a realidade
Que fingimos aceitar,
Engolindo outras verdades,
Cantando pra não chorar.
Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional
Um dia a mais de uma vida,
De noites tão indormidas,
De quem passou pela vida
E quase sempre esquecida.
Como mulher, esquecida,
Mulher que foi sempre só,
Como a que desiludida,
De si mesma, só tem dó.
Mulher que viveu de sonhos,
Que sempre tão sozinha,
Cantou os seus desenganos
Desde muito pequenina.
Assim se vai mais um ano
De tristeza e solidão,
E de tantos desenganos
Que lhes guarda o coração.
É apenas mais um dia,
Um dia como outros tantos
Na vida de outra Maria
Que leva a vida de sonhos.
Um tempo que não espera
Pelo tempo que ficou,
Em algumas das esferas
Da vida que não andou.
Da vida de tantos sonhos
Perdidos pelos caminhos,
Empoeirados, tristonhos
Dos que viveram sozinhos.
É assim a realidade
Que fingimos aceitar,
Engolindo outras verdades,
Cantando pra não chorar.
Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional