RIO DOS OLHOS

O RIO QUE SURGE

DA NASCENTE DOS OLHOS

DE ALGUÉM QUE CHORA,

CHORAMINGA PELO AMOR

QUE JURA SER SEU, MAS,

QUE SEU NÃO É,

DESCE, ELE, CACHOEIRA ABAIXO

DO ROSTO CHOROSO E SEGUE

ATÉ AO MAR TURBULENTO E TURVO

DE SUA MÁGOA MAIOR QUE É,

ESTAR À MARGEM DESSE RIO, SÓ,

A ENCHÊ-LO DE LÁGRIMAS,

ÁGUAS DE SUA TRISTEZA TURVA

QUE INUNDA O LEITO DO RIO

DE SEU SER SOLITÁRIO,

À CAUSAR-LHE ENCHENTE

DE SOFRER QUE LHE ARRASA,

MAS, SE, O SEU AMOR VOLTAR,

O RIO DE LÁGRIMAS VOLTARÁ

AO CURSO NORMAL DE ÁGUAS,

NÃO SECARÁ, ELE, POIS,

À CHORAR SE CONTINUA, PORÉM,

DE ORA EM DIANTE, SOMENTE,

DE FELICIDADE LÍMPIDA.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 23/10/2008
Código do texto: T1243422
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