Exílio
De bar em bar buscando o que
Não irás encontrar.
Fugindo de si mesmo
Da companhia de ninguém.
De bar em bar
Bebendo pouco
Mas bebendo sempre.
Devagar, como se copo cheio
Fosse teu visto de permanência.
Ela te faz buscar
O exílio dos bares.
No copo que se esvazia esta ela.
Por isso o enches
E bebes em curiosidade mórbida
E volta a enche-lo.
Não te encontra
Não te captura
Mas te exila na embriagues.