A dor da solidão

Sentado em sua cadeira de balanço,

seu rosto já cansado se deixa levar ao passado.

Recordações de seus amados fazem seu coração palpitar,

hoje porem, esta só, não tem mais com quem conversar.

Seu olhar triste denuncia o tamanho da sua dor;

Foi a tempo esquecido, tal como um casaco velho foi substituído.

Não tem mais nem uma obrigação, nem quem lhe peça um tostão;

Passou de senhor importante, à desvalido ancião.

Ninguém lembra mais que ele foi de todos a alegria,

que a todos acolhia com seu amor e simpatia.

Nem sua amada tem mais, para suas lágrimas enxugar,

somente a solidão, que foi tudo que lhe restou.

Solidão esta que mata mais que a doença, mais que o enfado;

Que corrói mais que a saudade dos bons momentos.

Esquecem que o tempo não para, nem perdoa ninguém;

Queira Deus que seus filhos não lhe esqueçam também,

só assim saberão como é a dor do pobre ancião.

Lúcia Garcia
Enviado por Lúcia Garcia em 19/10/2008
Reeditado em 25/04/2014
Código do texto: T1237014
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