Esconderijo
Na iminência de um ato sem tom
De camisola me arrastando ao jardim
Buscando a flor perdida
Cantando mais e mais
Lembrança de uma catedral gótica
Cores, a chama violeta, vinho púrpura.
Penso em um acontecimento fulminante.
Ritmo descompassado aflora os sensores.
A tua ausência perseguida,
Por que ainda insistem comigo
Não sou de agradável companhia.
Na masmorra quero enfurnar-me
Pendurar-me na janela do castelo
E de lá enxergar o horizonte
Acorrentada prefiro estar, refúgio.
Subir os degraus com vestido branco
Arrastando e rasgando os joelhos
Da loucura á demência,
Da demência ao distúrbio.
Sedativo injetado no cerne.
No mosteiro subterrâneo quero repousar.
11/10/08