Esconderijo

Na iminência de um ato sem tom

De camisola me arrastando ao jardim

Buscando a flor perdida

Cantando mais e mais

Lembrança de uma catedral gótica

Cores, a chama violeta, vinho púrpura.

Penso em um acontecimento fulminante.

Ritmo descompassado aflora os sensores.

A tua ausência perseguida,

Por que ainda insistem comigo

Não sou de agradável companhia.

Na masmorra quero enfurnar-me

Pendurar-me na janela do castelo

E de lá enxergar o horizonte

Acorrentada prefiro estar, refúgio.

Subir os degraus com vestido branco

Arrastando e rasgando os joelhos

Da loucura á demência,

Da demência ao distúrbio.

Sedativo injetado no cerne.

No mosteiro subterrâneo quero repousar.

11/10/08

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 17/10/2008
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